sexta-feira, 4 de abril de 2008

imbróglio


Esse tempo transitório é que me cansa. O ócio do novo, do acaso, do destino... é tudo tão contraditório que há um falatório dentro de mim! E é como se eu não estivesse lá, mas vendo o jogo acontecer, vendo tudo de longe. E aos berros eu tentava entender. Me entender.
E tudo se desfoca, me sufoca...
Esse tempo que me prende é o tempo que eu queria, que eu perdia. Hoje me aprisiona e causa fome de mim, fome de cores novas, fome de gostos mil... e eu me faço drama, sim! Quem e adverte que se aparte de mim que falta não me fará!
Deixe seu teatrinho pro seu show chulo, seu espetáculo medíocre, seu tempo vazio!

Recorro às dores pra fazer meus dramas, recorro à lama pra fugir dos horrores. Não preciso de coesões, concisões, clarezas e essa besteirada toda dos códigos que nos é imposto! Tom Zé já dizia: "Vá tomar no verbo, seu filho da letra!". Tome e retome, porque regresso ao estado que outrora fugi.

E essas imagens e odores? E essas lembranças de acelerações cardíacas?


Só não encontre concordância aqui. Esse é o espelho de mim.


Esse é o tempo que transito.

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