surrender.
Só sentar embaixo de uma árvore favorita, a qual eu nunca tive, era tudo o que queria agora.
Relaxar e desvairar, falar comigo mesmo... me entender. Certos assuntos a gente só comenta com nós mesmos, conseguimos confidenciar com nós mesmos, conseguimos enganar a nós mesmos...
E se eu sumisse? E se a síndrome do "Pequeno Príncipe" cair sobre mim e a vontade de ter um planetinha com florzinhas e galhos vier a me preencher?
Um lugar onde eu não sou vulnerável, onde nada me atinge, onde não há dor e a solidão não é um castigo.
Me ausentar, pelo menos uns tantos de instantes, pra poder me encontrar de novo. Ah, como eu queria, Deus, ter o prazer da mudança de uma águia. Ter o prazer e a adrenalina do vôo de um passarinho, pra fazer tudo passar rapidinho...
Mas sou desprovido de planetas, galhos, florzinhas, bico e asas. Bico pra mim só nos momentos de raiva, e esses já se tornam companheiros de cada dia, asas só as dos meus pensamentos.
Perdoem, mas essa vida de satura.
[...]